sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Nosso Primeiro ♥★Pet Love★♥

Napoleão, nosso amigo danadinho!

Quando minha amiga Paty ligou dizendo que uma colega pretendia doar um cachorrinho, não pensei duas vezes: É meu!
Isso foi numa sexta-feira, 12 de dezembro de 2003.Em seguida liguei para casa e avisei: "Mãe, dessa vez vamos ter um cachorro!" Meu irmão e eu sempre quisemos um cão, mas mamãe, até ali, soubera como evitar.Agora, mal sabia o que estava para acontecer em nossas vidas com a chegada desse fox paulistinha, miúdo e poderoso, que logo ganhou o nome de Napoleão.
No Sábado, fiquei surpresa ao ver meu pai e meu irmão prendendo uma grade na parte iferior do portão para que o cachorro não fugisse.E mais surpresa ainda ao ver mamãe vistoriando o trabalho, para que nenhum espaço ficasse sem a cobertura da rede.
Ao lado deles, um curioso napoleão, com sua carinha meiga de apenas 6 meses.Guardei a cena em minha mente como exemplo de felicidade em família.Jamais imaginamos que nosso coração seria roubado por aquele bichinho, que chegou cheio de pulgas e olhar carente.
Não demorou para que se tornasse "o dono da casa".Compramos uma caminha com coberta e vários brinquedos de borracha.Mas ele gostava mesmo era da estante e do sofá da sala.Passava horas deitado roendo o que encontrasse pela frente.Quando ficava sozinho, arrancava as flores dos vasos de plantas.Era um danado.Certa vez chegou a comer a armação do óculos de mamãe, e ainda fez xixi em cima da cama!
Ele aprontava tanto que, um dia, ao calçar os chinelos, mamãe não percebeu que faltava uma parte; Napoleão tinha comido!O tombo foi inevitável.Mamãe fraturou o fêmur, e uma lesão no quadril, que tinha desde a infância, agravou-se .Mas quem disse que o culpado pelo acidente foi condenado? A recuperação foi demorada, mas seu fiel escudeiro estava sempre por perto.Quando mamãe melhorou, era Napoleão quem a acompanhava nas voltas pelo quarteirão.
Nesses passeios, ele aprendeu a guiar a mamãe e a olhar para os dois lados da rua.Mas só atravessava com permissão.De longe, parecia marchar, com o rabinho em pé.E como adorava passear!
Quando queria sair, pulava e dava uma mordidinha no nariz do papai ou da mamãe.No bairro, todos já o conheciam.
Napoleão também gostava de água.Era só pegarmos sua toalha e seu shampoo que ele corria para o banheiro onde dávamos banho nele e escovávamos seus dentes.
Ao longo dos anos, fomos cedendo, sem perceber, as suas manias.Toda vez que eu ligava e pedia para "falar" com ele, Napoleão chorava e lambia o telefone.Ele tinha o direito de escolher em que cama iria dormir e até mesmo em qual parte do sofá queria se deitar.Eu sei, era um folgado!Ficava sempre nos lugares onde estávamos e deixava rastros de seus brinquedos espalhados pela casa.
Toda tarde, quando eu chegava do trabalho, a primeira coisa que Napoleão fazia inspecionar.Era um ritual: Eu me deitava e ele me cheirava quando achava que estava tudo em ordem,vinha com uma bolinha na boca,pronto para brincar.Nossa vida, realmente, era voltada para aquele cachorrinho, que nunca chegou a pesar 3 quilos.
No dia 11 de agosto de 2008 ele passou mal, demostrando enorme fraqueza e tontura.Fui para casa correndo.Mamãe e eu fomos juntas levá-lo ao veterinário.O diagnótico não era bom e os exames confirmaram: Napoleão estava com babesiose, a doença do carrapato que adquirira ainda filhote.é uma doençe perversa para os cães, que desenvolvem anemia profunda.Ficamos arrasados.
Ele passou dois dias internado e mamãe e eu iamos visitá-lo.Como não houve melhora, tomamos a decisão mais difícil de nossa vida:Tivemos que sacrificá-lo. Ele pareceu se despedir , chorando, quando ouviu minha mãe dizer que o amava e que ele poderia ir em paz. Ficamos inconformados.Não entendemos como um animal poderia ser tão bem cuidado, ter todas as vacinas em dia, e ainda assim sucumbir a uma doença adquirida a tanto tempo.
As lágrimas,ás vezes, ainda teimam em rolar mais são logo substituidas por risos, quando nos lembramos de suas manias e travessuras, Napoleão foi um presente de Deus, "feito por encomenda" como diz meu pai.Ele se foi com apenas 5 anos de idade. Para nós, ainda era um bebê. A casa está silenciosa e seus brinquedos não estão mais espalhados, mais ele deixou em nós a certeza de que fomos amados e de que o amamos.Incondicionalmente.

Josiane Zanini-Revista seleções

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Achei comovente a história do Napoleão, mas sei o quanto um pet modifica os nossos hábitos e atitudes com a covivência em nossas vidas. Lucinda

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